A carne suína é a proteína animal mais consumida do mundo, respondendo por 42,9% do consumo de carne mundial. Sendo um gigante do agronegócio mundial, a suinocultura vem recebendo cada vez mais aplicação da tecnologia na produção.
Com a medida, os produtores buscam reduzir os custos, aumentar a produtividade e a qualidade dos cortes que chegam ao mercado, alavancando os resultados de um setor que cresce mesmo em regiões onde tradicionalmente é preterido.
No Brasil, por exemplo, onde historicamente o consumo desse tipo de proteína fica atrás da carne bovina e de aves, a carne suína teve um crescimento de 30% no período de 2015 a 2019, refletido na maior oferta e variedade de cortes nos mercados e açougues.
Os resultados da suinocultura no país dos últimos anos colocou o país no patamar de um gigante a ser conquistado. Para alcançar esse objetivo, os produtores vêm arregaçando as mangas e investindo em soluções de alta tecnologia.
A suinocultura e a tecnologia blockchain
Saudável, deliciosa e prática, a carne suína é uma alternativa viável para garantir o acesso à proteína animal no prato da população mundial, sendo um alimento tradicional em diferentes culturas culinárias pelo globo.
O Brasil é o quarto maior produtor e exportador da carne suína, atrás de China, União Europeia e EUA. Apesar disso, a participação do país nas transações internacionais do produto é baixa, respondendo por cerda de 8% do total comercializado.
Embora a produção nacional seja majoritariamente ligada a agricultura familiar e voltada ao mercado interno, é possível notar no setor o emprego de soluções tecnológicas que visam aprimorar a produção e diminuir seus impactos ambientais.
Durante muito tempo a criação de suínos no país não apresentava impacto ambiental significativo, cenário que foi alterado conforme as criações expandiram. Entre os principais riscos ambientais da suinocultura estão o uso excessivo de água e produção de dejetos.
Ambos os problemas, porém, vem sendo contornados com o uso de equipamentos e tecnologia. Na água, adoção de sistemas que racionaliza o uso do recurso para consumo dos animais, a reutilização da água das lagoas de tratamento e reutilização da água da chuva são as principais soluções adotadas. Já sobre os dejetos, vem sendo aplicadas técnicas de tratamento que, inclusive, rendem oportunidades ao produtor com a produção de biofertilizantes e biogás resultantes do processo.
A tecnologia, porém, não é aliada apenas da diminuição dos impactos da atividade. Com ela é possível obter uma melhor produtividade, bem-estar animal e qualidade do produto final, sendo um diferencial competitivo importante para os criadores.
Coleta e análise de dados
Hoje a coleta e análise de dados são fundamentais em qualquer atividade, seja ela rural ou não. Através dos dados é possível compreender com maior profundidade a dinâmica e resultados dos processos, permitindo tomadas de decisões mais assertivas.
Na suinocultura isso pode se traduzir na melhora da alimentação, dos espaços e até mesmo da genética dos animais, otimizando a produção e os ganhos possíveis de serem obtidos, aumentando a rentabilidade e lucratividade da criação.
Vale lembrar ainda que diante da pandemia do Covid-19 a tendência é que os mercados para proteína animal se tornem ainda mais rígidos, obrigando a adoção de estritos controles para garantir as condições sanitárias dos produtos.
Diante disso, a tecnologia blockchain surge como uma solução importante aos suinocultores, permitindo que eles façam todo o registro do ciclo de vida do produto, da gestação a chegada nas prateleiras, com toda a segurança e praticidade.
Em um momento onde a rastreabilidade será ainda mais exigida no agronegócio, soluções como a tecnologia blockchain surgem como poderosas aliadas dos produtores rurais, levando as melhores práticas de gestão para o campo.
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Referências: Bndes.gov.br / NSCtotal.com.br / Suinoculturaindustrial.com.br
