A agricultura é uma atividade intrinsecamente ligada ao clima. As condições climáticas são um dos fatores determinantes para a definição do tipo de cultivares e animais que serão produzidos em determinada região.
Assim, ao longo do tempo, a meteorologia se tornou um dos principais aliados do produtor do campo, contribuindo para um melhor planejamento e previsão dos resultados a serem alcançados por uma propriedade.
Mas se anteriormente o trabalho no campo era realizado considerando um padrão climático e admitindo as possibilidades de variações periódicas, o avanço das mudanças climáticas trouxe uma série de incertezas sobre o clima.
Nos últimos anos já nos deparamos com o maior número de eventos extremos, bem como o prolongamento dos períodos de seca, cenário que deve ser aprofundado na próxima década e que coloca em risco a capacidade da produção agrária.
A tecnologia como aliada da agricultura
Nos próximos anos o produtor rural terá de lidar com dois grandes desafios: a necessidade de aumentar a produção de alimentos de forma sustentável; adaptar a atividade agrária as mudanças provocadas pelas mudanças climáticas.
Para sermos capaz de vencer ambos os desafios à saída se mostra ser o maior investimento e desenvolvimento de tecnologia voltada ao campo. Sem isso, parece improvável garantir a segurança alimentar do mundo.
A boa notícia é que o investimento e desenvolvimento em soluções inovadoras voltadas ao agronegócio já é uma realidade consolidada. Há alguns anos o agritech vem ganhando força e transformando as propriedades.
Internet das Coisas, Machine Learning, Inteligência Artificial, Big Data, tecnologia blockchain, bem como softwares e hardwares dos mais variados, vem ganhando espaço nas propriedades rurais pelo mundo, inclusive no Brasil.
As inovações vêm conseguindo aumentar a produtividade, reduzir custos, trazer maior confiabilidade e melhorar a tomada de decisão, ao mesmo tempo em que permitem produzir com maior harmonia com o meio ambiente.
Não há dúvidas, porém, que deveremos avançar ainda mais nos próximos anos, como mostra, por exemplo, a chegada da “meteorologia 4.0”.
Meteorologia 4.0 – maior precisão na previsão do tempo
Ser capaz de prever o tempo com precisão, identificando possibilidades de eventos extremos e períodos de seca com antecedência será fundamental para os agricultores. Assim, é possível conseguir tomar ações que mitiguem ou mesmo eliminem os riscos.
Estamos iniciando a era do 4.0, com a introdução de novas tecnologias nas mais variadas atividades humanas, seja no nosso tempo de descanso e lazer ou produzindo. E a meteorologia não ficou fora desse cenário.
Constelações de satélites, estações meteorológicas de última geração e softwares capazes de armazenar e analisar uma grande quantidade de dados em formatos variados. Essas são algumas das principais novidades desse campo do conhecimento.
CURIOSIDADE:
A EMBRAPA utiliza tecnologias de Satélites e disponibiliza dados, confira mais informações. Quanto a tecnologia para meteorologia o INMET e o INPE possuem informações precisas.
Com elas, o ganho em confiabilidade na identificação dos eventos climáticos é notório. Embora ainda não seja possível falarmos em 100% de acerto, os avanços nos últimos anos são consideráveis e suscitam esperança.
Afinal, é inegável que estamos prestes a viver um momento de mudanças bruscas no clima, um fator que não pode ser escolhido ou determinado pelo agricultor. Quanto maiores os avanços da meteorologia, maior a segurança para o produtor rural.
Não há dúvidas de que nunca seremos capazes de escolher o clima, porém, se formos capazes de prevê-lo com a melhor exatidão possível, as tomadas de decisão no campo, seja na plantação ou criação de animais, melhoram consideravelmente.
Que cada vez mais o agronegócio tenha as inovações como aliadas e que o campo seja cada vez mais tech. Com o Agro 4.0, ganham os produtores, a população e o planeta.
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Referências: Canal Rural / Jornal USP / Agrosmart / Embrapa / Wri Brasil / Super Interessante – Ed. Abril / Embrapa / Agroclima /
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