Há pelo menos quatro décadas, cientistas e pesquisadores das mais diversas áreas vêm alertando sobre a necessidade de colocarmos a sustentabilidade no centro de nossas ações. Nos últimos anos parece que eles finalmente foram ouvidos.
Os motivos para essa mudança são variados, desde o aprofundamento das mudanças climáticas e degradação de biomas, passando pelo levantar uma nova geração – conectada, bem informada, autodidata e crítica – que sabe que se nada for feito terá de enfrentar desafios extremos quando adultos.
Embora o rumo que estamos conduzindo o planeta ainda não tenha mudado, essa maior consciência ambiental é de fundamental importância e contribui para a quebra de paradigmas, construção de novos hábitos e impulsiona a inovação.
Esse é um cenário que precisa ser considerado pelo agronegócio. Não podemos negar que embora seja injusta a fama de vilões do meio ambiente para atividade agrícola, a produção de alimentos gera grandes impactos ambientais, exigindo comprometimento com transformações nos processos produtivos por parte dos agropecuaristas.
Agro sustentável: carne bovina com carbono neutro
O Brasil conta com muitos gargalos para quem produz no campo, mas em compensação contamos com uma empresa de pesquisa agropecuária que se destaca pela intensa produção e qualidade. A Embrapa é um orgulho nacional e fator preponderante para o sucesso de nosso agronegócio.
Um das últimas conquistas da instituição foi divulgada recentemente: trata-se da produção de carne bovina carbono neutro! O projeto foi desenvolvido em conjunto com uma das maiores companhias de alimentos do mundo, sendo que os produtos dessa iniciativa em breve chegarão aos supermercados.
Essa é uma iniciativa excelente, uma vez que a pecuária é uma das atividades que mais sofre com acusações sobre seu impacto ambiental, sendo apontada como a maior emissora de gases estufa, embora essa seja uma afirmação controversa e que sofre contestações.
Assim, o projeto de carne bovina carbono neutro tanto contribui para minimizar os impactos ambientais como também responde a essas críticas e mostra que é plenamente possível conciliar o consumo de carne com sustentabilidade.
Para atingir esses resultados foram utilizados sistemas de produção que não são novos, mas que nos últimos anos vem sendo cada vez mais procurados por produtores de todos os tipos. São os sistemas de integração pecuária-floresta (IPF) ou lavoura-pecuária-floresta (LPF).
Com o sistema silvipastoril o gado pasta a sombra, o capim é de maior qualidade, permitindo que o abate seja feito em animais mais jovens. Além de garantir menor emissão de gases estufa e maior bem-estar animal, o sistema de produção permite alcançar carne de melhor qualidade. Ou seja, todos saem ganhando!
Vale ressaltar, contudo, que para que a carne seja considerada carbono neutro é preciso também destinar corretamente o eucalipto formador da floresta. Ele não pode ir para a celulose ou ser queimada, devendo ter como destino a madeireira ou movelaria.
A tecnologia blockchain e o agro sustentável
Não temos dúvidas que nos próximos anos veremos cada vez mais iniciativas voltadas ao agro sustentável. E isso é ótimo! Precisamos, porém, não apenas ter boas práticas, mas contar com soluções que permitam divulgá-las.
Nesse sentido a tecnologia blockchain surge como solução ideal! Além de permitir que seja registrado todas as etapas do ciclo de vida do produto, do pasto a mesa, a tecnologia possibilita a divulgação dessas informações através de códigos QR-Code.
Para quem já produz com respeito ao meio ambiente a tecnologia blockchain comprova as boas práticas junto ao consumidor, sendo um diferencial que agrega confiabilidade e valor ao seu produto, impactando de forma direta seus resultados.
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Referência: EMBRAPA / Revistagloborural.globo.com
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