O último ano não foi fácil para a imagem do agronegócio brasileiro. Os incêndios na Amazônia resultaram em questionamentos internacionais sobre a prática agrícola, especialmente na Europa, apontando o setor como responsável pelo desmatamento da floresta tropical.
Diante desse cenário é com entusiasmo que celebramos a edição de janeiro da tradicional Revista Feed & Food, uma das porta-vozes da agroindústria nacional da cadeia de proteína animal.
Uma rica e contundente matéria de capa da publicação – cujo público-alvo é o investidor e comprador externo – mostra como no Brasil, o agronegócio investiu em aprimoramento técnico e soluções de tecnologia para aliar altos índices produtivos com a conservação do meio ambiente.
Para quem vive o setor, essa não é uma grande novidade. Em um momento de disputa de narrativas, contar com material de tamanha qualidade e embasamento faz toda a diferença. Confira abaixo pontos que destacamos do artigo e que mostram a força do nosso agronegócio.
Agronegócio Brasileiro: produtividade e conservação
Segundo o relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgado em dezembro de 2019, a safra 2019/20 baterá novo recorde na produção de grãos, com uma produção estimada em 246.6333,9 toneladas de grãos.
Para efeito de comparação, no biênio 1979/1980 a safra de grãos obteve a marca de 50.871,2 toneladas. Isso significa que em apenas quatro décadas o país foi capaz de elevar sua produção de grãos em 384,8%.
O que impressiona é que essa marca foi conquistada com um aumento de apenas 59,8% no uso da terra para a produção de grãos, resultando em um incremente da produtividade em 40 anos de 203,3%.
Para alcançar esses números o campo brasileiro passou por um profundo processo de aperfeiçoamento técnico, tanto de pessoal quanto de equipamentos.
Essa realidade coloca o país na liderança da produção agrícola, tendo um papel vital a cumprir em um futuro próximo dado a grande necessidade do aumento da oferta de alimentos nas próximas décadas.
Melhor produtividade e vanguarda
A melhor produtividade do uso do solo coloca os produtores nacionais na vanguarda da conservação ambiental quando o assunto é o agronegócio. Ser capaz de produzir mais na mesma área, significa reduzir a necessidade de desmatar e abrir novas áreas de cultivo.
Outro ponto que podemos destacar é o papel fundamental que o agro desempenha na diminuição do uso de combustíveis fósseis, através do cultivo da cana de açúcar e da produção de etanol.
Do biênio 1990/91 para cá, a produção do biocombustível, com menor índice de agressão a atmosfera em comparação a gasolina, teve um salto de 274,7%.
Vale ressaltar que nesse período todos os veículos de passeio produzidos no Brasil saem na versão flex, nossa gasolina conta com 25% de etanol na composição e o diesel conta com 11% de biodiesel, sendo que desse, 80% é produzido com soja.
Mas, não somente no cultivo. O setor mostra sua grande capacidade produtiva aliada à conservação. A Feed & Food também nos mostra as conquistas na pecuária.
E 1965, nosso país ocupava a nona posição entre os maiores produtores de carne do mundo, alcançando 2,04% do mercado mundial. Em 2017, passamos a terceiro maior produtor, com 11,64% do mercado.
Esse salto foi possível graças ao investimento em ciência e tecnologia, que vem permitindo obter melhores resultados em menores extensões de terra.
É fato conhecido o aumento do valor da terra, o que dificulta a expansão das propriedades, de forma que a criação de gado no pasto natural, vem caindo em desuso. Em seu lugar, áreas com capim geneticamente modificado, capazes de se desenvolver em áreas com pouca chuva, e fortalecer a saúde dos animais, ganham espaço.
Somado a isso, a troca de informações, maior acesso ao conhecimento e capacitação permitiu que os animais aqui criados ganhem 300kg em cerca de 9 meses.
Vale ressaltar que mesmo com todo esses ganhos e aumento da produção agropecuária, o Brasil continua com condições ambientais invejáveis em comparação aos países desenvolvidos, contando com uma legislação que é exemplo ao mundo todo.
A Ecotrace acredita na força do agro nacional!
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Referência: Revista Feed Food.