O ano de 2020 já está marcado na história pela pandemia de Covid-19 que tomou conta do planeta, paralisando a economia e forçando uma série de mudanças de hábitos na nossa forma de viver, se relacionar, consumir e produzir.
No Brasil, porém, o ano também será lembrado pelo grande número de focos de incêndio, que não se limitam ao Pantanal e Amazônia. O cerrado, maior bioma nacional, também vem sofrendo com as queimadas que se alastram do nordeste ao sudeste.
Os motivos para o expressivo aumento do fogo no país são variados e incluem uma grande estiagem. A falta de chuvas já se alastra por cinco meses em algumas regiões, facilitando o início e a propagação de incêndios.
Infelizmente presenciamos diversas tentativas de imputar a culpa pelo país estar em chamas aos produtores rurais. Essa é uma narrativa que não corresponde à realidade e que desconsidera os esforços da maioria dos participantes do agronegócio para cada vez mais produzir de forma sustentável.
Separando o joio do trigo: tecnologia blockchain para valorizar os bons produtores
O uso do fogo para limpar áreas é uma técnica tradicional no Brasil, tendo sido muito utilizada em diferentes momentos de nossa história. Nas últimas décadas, porém, com o crescimento da produção científica voltada ao agro e a chegada desse conhecimento ao campo, ela vem sendo menos utilizada.
O uso do fogo controlado de forma contínuo degrada o solo, levando a perda de nutrientes e de capacidade produtiva. Mesmo na pecuária a técnica se mostra prejudicial, levando a forrageiras menos nutritivas para os rebanhos. Além disso, há uma maior tomada de consciência sobre os danos socioambientais provocados pelos incêndios.
Por fim, não podemos desconsiderar como fator para essa mudança de postura a pressão exercida pelos mercados externos, que cada vez mais exigem a comprovação de boas práticas agrícolas e ambientais para que os produtos nacionais possam acessá-lo.
Também não podemos desconsiderar a mudança no consumo. Com a popularização da internet nas últimas décadas passamos a ter consumidores com maior acesso a informação e mais exigentes. Além disso, as mídias sociais aproximaram clientes de empresas, sendo que os primeiros passaram a exigir uma postura ética e de valores das empresas.
Assim, quando uma narrativa que coloca no conjunto dos produtores rurais a culpa pela ação de uma minoria – que muitas vezes sequer participam da cadeia produtiva e agem criminosamente grilando terras – os prejuízos ao mais pujante setor da economia nacional são enormes.
Esforços para a mudança desse cenário vêm sendo realizados, como por exemplo, a recente aliança celebrada entre o agronegócio e ONGs na elaboração de medidas para conter o desmatamento na região da Amazônia. Não sabemos, porém, quão efetivo esse trabalho de contenção de danos a imagem do setor será junto a consumidores internos e externos.
Diante disso, torna-se fundamental que cada produtor procure adotar medidas que permitam ao mercado consumidor, seja daqui ou do exterior, identificar o seu produto como oriundo de boas práticas ambientais, sanitárias e de bem estar animal.
O uso de soluções de rastreabilidade, dessa forma, ganha em importância e deverá estar cada vez mais presente no agro. Entre aquelas disponíveis hoje no mercado, a tecnologia blockchain se destaca, pela sua grande capacidade de abrigar dados de diferentes formatos com máxima segurança, além de permitir compartilhar as informações com facilidade através de códigos QR-Code.
Com a tecnologia blockchain é possível comprovar que o seu produto agrícola não compactua com o desmatamento, queimadas e maus tratos a animais, conquistando o coração e a preferência do crescente exército de consumidores conscientes.
Você se esforça tanto no seu dia a dia para produzir utilizando boas práticas, não é justo que mercados se fechem e seu produto perca valor por conta da ação de terceiros que não tem qualquer relação com o que você faz em sua propriedade.
Ao investir na tecnologia blockchain você separa o joio do trigo e agrega valor a sua produção. E não é só isso! Com o uso dos dados é possível melhorar sua gestão agrária, reduzindo custos, aumentando a produtividade e qualidade.
Não tenha dúvidas: a tecnologia hoje é a maior aliada do produtor rural. Invista em inovação, com as soluções de rastreabilidade com a tecnologia blockchain, e vá ainda mais longe. Até a próxima!