Vivemos em um momento desafiador para os pecuaristas. Embora a demanda mundial por carne continue crescente, impulsionando um incremento de 17% na oferta até 2028 – segundo estimativas da OCDE -, há forte pressão para mudanças no modo de produção.
Hoje encontramos um consumidor que quer continuar a contar com a carne no seu prato, ao mesmo tempo em que deseja que a produção do alimento esteja alinhada aos conceitos de sustentabilidade e bem estar animal.
A pecuária a pasto surge como uma solução possível diante desse cenário. A medida permite a diminuição da dependência de grãos para ração na engorda do rebanho, reduzindo os custos ao produtor, ao mesmo tempo em que diminui os impactos ambientais da atividade.
Vale ressaltar que o clima na maior parte do país, caracterizado pela constância das chuvas, torna propício esse tipo de criação, que pode ganhar o reforço de sistemas de irrigação e outras tecnologias para alcançar melhores resultados.
A pecuária a pasto: simples, econômica, produtiva e benéfica ao meio ambiente e animais
O agronegócio brasileiro é uma potência. Ocupamos a primeira posição na produção de café, laranja, açúcar e de carne bovina, além de estarmos próximos do topo em diversos outros produtos do campo.
Ainda assim tudo indica que é possível os produtores brasileiros fazerem ainda mais. Nos últimos anos a qualificação da mão de obra e a chegada da tecnologia vêm contribuindo de forma decisiva e mudando paradigmas no agro nacional.
Durante algum tempo a criação de gado no país deixou de lado as pastagens e se concentrou na engorda dos animais através dos grãos. A facilidade de trabalhar com os grãos fez com que muitos considerassem a técnica mais compensatória que realizar o trabalhoso manejo das pastagens.
Embora os grãos tenham importância de forma suplementar na engorda do rebanho, usar o grão ao invés do pasto custa dez vezes mais caro, afetando diretamente a rentabilidade e competitividade do pecuarista.
O ganho com o uso da técnica, contudo, não é restrito a redução dos custos. Diferentes estudos vêm mostrando os efeitos positivos da pastagem na criação. Pesquisas da Embrapa, por exemplo, demonstraram ganhos na produção leiteira com o uso do pastejo.
Além disso, podemos destacar os benefícios ao meio ambiente desse tipo de criação bovina. O uso da pastagem nativa contribui para a recuperação do solo do local e diminui a emissão de gases poluentes provenientes da atividade através do sequestro de carbono.
Por fim, mas não menos importante, há um relevante ganho no bem estar animal quando em comparação com a pecuária intensiva, que tem como base o confinamento dos animais.
Para que todos esses benefícios sejam conquistados, porém, é fundamental acertar na escolha do pastejo, bem como realizar seu correto manejo. Caso contrário, ao invés de se beneficiar o produtor terá problemas com seus animais, perda de rentabilidade e maior necessidade de uso de áreas para pasto.
A tecnologia blockchain agregando valor ao seu produto
A pecuária a pasto é uma ótima solução por reduzir seus custos ao mesmo tempo em que permite conquistar melhorias relevantes quando bem aplicada. E como se não bastasse ainda é capaz de agregar valor ao produto final.
Hoje os consumidores se caracterizam por possuir grande acesso à informação e por alinhar os comportamentos de consumo aos seus valores. As grandes empresas já perceberam isso, basta dar uma olhada nas suas campanhas de marketing nos últimos anos.
A alimentação saudável, segura e em consonância com a sustentabilidade e o bem estar dos animais é uma tendência em crescimento que promete se fortalecer nos próximos anos. E isso atinge também o mercado da carne.
Oferecer um alimento com produção alinhada a essas questões gera valor ao produto final.
Vale lembrar que
diversas pesquisas já mostraram que os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos de empresas ambientalmente responsáveis.
Mas como permitir que o consumidor saiba que uma propriedade utiliza a agricultura a pasto e produz com responsabilidade e respeito aos animais e meio ambiente? É aí que entra a tecnologia blockchain. (Saiba mais sobre a tecnologia blockchain: Rastreabilidade – O futuro da pecuária e do agronegócio.)
Com ela é possível realizar o controle e registro de todo o ciclo de vida do produto de forma segura. E o melhor: é possível disponibilizar essas informações ao consumidor através da aplicação de um código QR Code que pode ser lido na tela de celulares.
Assim, investir na pecuária a pasto unido a tecnologia blockchain permite que você conquiste melhores resultados e tenha uma vantagem competitiva relevante e alinhada com o mundo novo a surgir.
Continue acompanhando nosso blog para saber mais sobre o uso da tecnologia no agronegócio e seus benefícios ao produtor. Até a próxima!
Referência: Blogs Canal Rural / Portal Dbo / Abepro / Cpt / Cnptia Embrapa