Muitos pesquisadores são unânimes em falar que o mundo não será o mesmo após a pandemia do novo coronavírus. O Covid-19 impôs ao mundo mudanças que terão impactos em nossos hábitos quando tudo passar.
Entre essas mudanças uma das mais prováveis diz respeito à relação com os alimentos. Se já havia um forte movimento na procura por alimentação natural, esse deve sair fortalecido ao término da pandemia.
Com a obrigação de ficar em casa, muitos estão redescobrindo o prazer de cozinhar sua própria comida, mas esse não é o único motivo. Saber de onde veio o alimento e como ele foi produzido deverá ser aspectos cada vez mais presentes.
Em um futuro onde a preocupação com a saúde deve ser central, os produtores agrícolas precisam estar prontos para atender essa demanda.
A pandemia e as mudanças na agricultura
Em pouco menos de um mês de quarentena nos estados e municípios brasileiros, parece ser cedo apontar para mudanças futuras duradouras. Segundo pesquisadores e cientistas, porém, ainda falta muito tempo para a vida voltar ao normal.
A realidade é que ainda estamos descobrindo o novo coronavírus, seus efeitos, comportamentos e formas de transmissão. Uma solução definitiva para a pandemia parece que só virá com o desenvolvimento de vacinas, de remédios com eficácia comprovada ou mesmo quando mais de 50% da população se contaminar.
Esse último cenário, é importante ressaltar, será prolongado, uma vez que existe a necessidade do achatamento da curva de contágio para evitar o colapso do sistema de saúde. Diante disso, fica claro que a solução não será imediata. Nas previsões mais otimistas a situação deve se prolongar até setembro.
Podem parecer poucos meses, mas com a exigência do isolamento social a experiência promete causar mudanças com profundidade. Sim, o antigo mundo morreu, mas o novo ainda não pode nascer.
Isso não significa, porém, que setores produtivos essenciais como o agronegócio deva ficar em compasso de espera, pelo contrário. Ao mesmo tempo em que cumpre sua missão de garantir o abastecimento da população, os produtores devem se preparar para o futuro.
E se o futuro sinaliza para uma maior procura de alimentação saudável e com informações seguras que permitam os consumidores tomarem decisões, é momento de iniciar a transição.
Vale reforçar que a produção de alimentos orgânicos e em sintonia com as práticas e princípios agroecológicos já vinha ganhando força no Brasil, com um crescimento anual de 20% nos cultivos de orgânicos.
Claro que ainda há muito que mudar, afinal, não se pode desconsiderar o fato de que nosso país é um dos campeões no uso de defensivos agrícolas, sendo que alguns deles são proibidos em outras partes do mundo por seus efeitos na saúde e ecossistemas.
Rastreabilidade: aliada do produtor
Se a produção de alimentos de forma saudável e sustentável cresce no Brasil, ainda é preciso fazer mais para garantir a confiabilidade dos produtos.
O aumento da população urbana fez com que o brasileiro desconectar-se da origem dos alimentos. As grandes redes de supermercado são os locais onde compramos a comida que vai a nosso prato.
O grande problema é a total ausência de contato com o produtor. Não sabemos de quem compramos ou se aquele produto é realmente o que se diz. As feiras de orgânicos, onde esse cenário se modifica, ainda é pouco acessível à maioria da população.
Mas como fazer então para atender os novos anseios de informações que devem surgir dos consumidores na compra de alimentos?
É aqui que entra a aplicação de sistemas de rastreabilidade, que permite ter todo o controle do ciclo de vida do produto. Entre as opções hoje disponíveis, a tecnologia blockchain se mostra como uma das mais seguras e vantajosas.
Vale ressaltar que a segurança de dados através da tecnologia blockchain é tanta, que a mesma foi capaz de tornar real um sistema financeiro independente e global – as criptomoedas – graças a sua confiabilidade.
Além de armazenar dados com segurança e sem violações, a tecnologia blockchain facilita o acesso aos mesmos por parte do consumidor através do QR-Code. Com um celular, é possível saber todo o ciclo de vida do produto.
A implantação da tecnologia exige mudanças em processos e hábitos enraizados do agricultor no controle de sua produção. Por isso, quem se antecipar sair na frente na conquista do mercado de alimentos futuro.
Com o auxílio da tecnologia e com a já conhecida garra do homem do campo, temos certeza que o agronegócio nacional será capaz de vencer os desafios que o futuro impõe, entregando alimentos seguros e de alta qualidade para a nossa população.
Quer saber mais do uso da tecnologia no campo e na produção de alimentos?
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Referências: Blog Canal Rural / G1 Globo