Levantamento da consultoria McKinsey, divulgada recentemente, aponta que durante a pandemia de Covid-19 os produtores rurais brasileiros aceleraram mais a transforma digital no agro, quando em comparação àqueles dos Estados Unidos e Europa.
Segundo a pesquisa “A mente do produtor brasileiro na era digital – Pulso 2021”, 46% dos agricultores nacionais realizam compras online, um aumento de 10% em comparação ao ano anterior, enquanto o índice chega a 31% nos EUA e 22% na Europa, um aumento de 7% nas duas localidades quando comparada ao ano anterior.
As soluções digitais vêm transformando a forma de produzir e comercializar alimentos no mundo todo. Um cenário que tende a se aprofundar ainda mais no próximo período, sendo fundamental que os produtores nacionais acompanhem essa mudança visando obter melhores resultados e manter a competividade do produto nacional.
Um dos pontos mais interessantes levantados pela pesquisa da consultoria é a propensão que os produtores digitais do Brasil já possuem para vender suas safras online. Entre os de algodão, por exemplo, 84% dos gestores em disposição em vender sua safra por meios digitais.
A tecnologia blockchain e o comércio digital no agro
Não é segredo que a tecnologia da informação vem modificando as formas de vender e comprar os mais variados produtos. Nos grandes setores produtivos de commodities, contudo, esse é um movimento que ainda engatinha, por conta das especificidades desse modelo de negócio.
Afinal, como realizar uma transação comercial de grandes proporções sem a garantia de qualidade do produto ou de crédito por parte do comprador? Esse era um desafio por parte do setor e que agora pode ser vencido graças à tecnologia blockchain e a tokenização de ativos.
O blockchain no agro tem potencial para ser aplicado em diferentes processos. Hoje o uso da tecnologia para a rastreabilidade é um dos mais comumente encontrados. Contudo, a tendência é que em breve a solução tenha grande influencia no comércio internacional de commodities.
Na tecnologia blockchain para um registro ser inserido ou alterado é preciso da validação de todos os presentes na rede. Além disso, nenhum dado é perdido, uma vez que sempre que uma modificação, ou inserção, é realizada, um novo bloco de dados, com as informações atualizadas mais as registradas anteriormente, é formado.
Na prática isso significa maior confiabilidade dos dados, que podem ser compartilhados junto a terceiros através de código QR-Code. Assim, é possível realizar a transação de ativos agrícolas com maior agilidade e segurança para produtores rurais e compradores.
Vale reforçar que a tecnologia blockchain já foi utilizada com esse objetivo em transações de grãos entre Estados Unidos e China. A experiência realizada foi um sucesso para todos os envolvidos na transação e resultou em menor tempo para embarque e entrega dos produtos.
Como vimos o produtor digital brasileiro – com perfil predominantemente jovem, gestor de grandes propriedades e aberto a inovação – é propenso a vender sua produção online. O setor algodoeiro é o que apresenta índice mais expressivo nesse sentido, com 84% dos gestores expressando o desejo de vender online, mas também chama a atenção essa tendência na região de Matopiba, um dos principais polos agrícolas do país: 74% dos produtores da região pretendem vender ao menos uma parte de sua produção online.
Para um segmento que tem na exportação uma das principais saídas de seu produto, a tecnologia blockchain oferece a possibilidade de vender digitalmente para o mercado externo com a máxima segurança e confiança.
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